Nos últimos tempos, aprendi o significado de uma palavra que até pouco desconhecia em sua plenitude: PACIÊNCIA. Sempre fui uma pessoa de fé, que acredita em Deus e na harmonia da natureza, cuja lei maior é a de que "nada acontece por acaso". Mas confesso que sempre tive dificuldade em lidar com a paciência, pois desde a infância sou irrequieta, ansiosa, inventiva e saralica (como me apelidou a querida Janak).
Só que um dia a gente cresce (às vezes na marra, mas cresce) e percebe que a paciência - ou o SABER ESPERAR - também é um exercício de fé. E de esperança. Acreditar que as coisas sempre acontecem em seu tempo certo é uma coisa, mas aguardar com tranquilidade ele chegar... ahhh como isso é difícil! Todavia, chega um momento em nossa existência (e ele sempre chega) em que nos damos conta de que a vida acontece em seu próprio ritmo, independentemente da urgência que temos em realizar nossos sonhos, desejos e objetivos. Uma vez entendido isso, alcançamos uma sensação de paz interior. Sim, amigos, ela existe e pode (ou melhor, deve!) ser praticada. É um exercício diário que nos eleva o espírito e nos deixa mais perto do equilíbrio e da serenidade.
Por certo que não se trata de sentar de braços cruzados e ficar esperando a Providência divina resolver todos os nossos problemas e nos trazer tudo que necessitamos e almejamos. Pelo contrário: temos que batalhar e lutar para conquistar, mas também saber esperar pelos resultados e estar sempre vigilantes, para que isso não se torne um fardo ou um martírio. Há um belíssimo pensamento que diz: "a fé é o firme fundamento daquilo que não se vê." Que nosso acreditar seja forte o suficiente para conduzir nossas ações pelo o caminho correto, e possamos ser conscientes de que a espera faz parte, tal qual a colheita é para o semeador. Não por acaso os antigos já diziam que "o tempo é o senhor da razão", pois querer atropelá-lo pode trazer consequências nefastas.
Que possamos exercitar nossa paciência e aprender a respeitar e aceitar com tranquilidade os caminhos da vida, nem sempre muito claros a princípio, mas que depois, analisados com acuidade, certamente se revelam os únicos possíveis para aquele momento. Todas as experiências vivenciadas (boas e ruins) servem como aprendizado, muitas vezes como verdadeiro alerta sobre atos e condutas que devemos repensar... e mudar. Que tenhamos sabedoria para interpretar os desígnios de Deus como necessários para nosso crescimento interior e evolução espiritual, sempre objetivando ficarmos mais próximos de nossa verdadeira essência.
(com carinho especial para meus amigos e companheiros espirituais Janaína Helena Steffen e Cristiano Coêlho Bornéo, coautores deste blog).
Simples Assim!
Por ser objetiva, prática e rápida acabei dando dicas de o que e como fazer. Ajudo amigos a refletir sobre o que vai acontecer, provoco, dou idéias, e ainda choques térmicos quando as pessoas precisam... terapia do elefantinho. A idéia sempre foi cooperar, mostrar os outros lados, evitar danos, sofrimento. Há algum tempo penso talvez fosse a hora de escrever um livro. Uma amiga sugeriu "descomplicando a vida by Janak". Como prefiro as afirmações mudei, e que venha a luz o "Simples Assim!"
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quinta-feira, 19 de julho de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Eu: o ponto de partida
Oi gente!!!
Espero que todos estejam bem. Faz tempo que não colaboro com este blog. Para tanto, sempre que me recrimino por isso, coloco entre mim e a realidade a desculpa da correria do dia-a-dia - também usada para outras tantas coisas da vida. Embora seja verdade (a correria), não deveria ser assim, porque tempo é uma coisa que se administra. Essa mesma correria deveria NUNCA deveria ser utilizada como 'auto-desculpa' para se deixar de fazer coisas que fazem bem à alma.
E, a mim, que vos escrevo, faz muito bem à alma escrever, conversar e manter contato com pessoas que amo - tal qual a Jana e o Márcio (que mora no meu coração, e, ocaisonalmente, quando o coração autoriza, em Santos - SP). Embora os contatos ideais pudessem ser telefone, mails, facebook, msn e afins, todos eles tem suas vicissitudes e, assim, acabam se tornando mais empecilhos do que meios hábeis para a obtenção de um fim. Pelo menos para mim. Ex: telefone - muito usado, mas, que, apesar de propiciar 'contado direto', deve ser usado de forma célere (se vc, como eu, não possui um bolso muito recheado) - o que acaba do impessoalizar' a demonstração de carinho. Facebook, e-mails, msn, etc., demandam tempo para conectar e para escrever - de forma a que, na minha rotina diária (que, eu reconheço, está errada), não são alternativas 'tão' eficazes, dado a necessidade de pesquisar e de redigir com atenção peças, pareceres e outros textos; preparar aulas... Daí, complica tudo e, se vc não for fazer algo bem feito, não faça.
Todavia, carinho é uma coisa que deve ser demonstrada sempre, pois amagia que a ele é inerente espalha-se por onde passa e, de alguma sorte, colabora com a boa energia que deve constantemente ser presente no mundo. Se é para ser demonstrado, vamos fazer de forma bem feita. Carinho a gente pode sentir até de longe, a gente pode vibrar na direção de quem se deseja, essas energias, d eonde quer que estejamos e, ainda, num hábito bastante salutar, podemos orar/rezar por essas pessoas. Mas, o amigo que redige esta slinhas sempre tem aquela pretensão de fazer mais e melhor, de forma a que, além de expressar meu carinho abertamente por todos os que amo... (amigos, amores, pais, família e afins), por ter bastante gente morando fora, já que ando numa fase de não-escrever mail, compartilho aqui um texto, fruto de reflexões de algum tempo atrás, mas que ainda é bastante atual, e que, ao fim e ao cabo, ajuda a manter contato.
Dou minha colaboração, que vai repleta de carinho pela dona desse blog e pelo maridão dela, e espero que apreciem, pois nele expresso parte da forma como penso que pode ser a evolução e suas fases.
Eu, o ponto de partida.
Começo aqui minha existência (cada dia é um novo começo!), preciso relacionar-me melhor comigo mesmo, porque de mim fluem todos os possíveis relacionamentos corretos com os outros e com o Divino. Devo manter-me modesto, não devo ser rigoroso, medíocre ou crítico, mas sempre receptivo aos impulsos Divinos. Agora, preciso me associar com alguém, um grupo, mas não devo me esquecer de sempre ser empático e atencioso, deixando que os céus guiem o caminho de minhas uniões.
Estou vendo as coisas com mais claridade. Já consigo expulsar as trevas que há pouco ofuscavam minha visão de vida. Sou livre para conhecer a alegria sem restrições. Entretanto, ainda preciso voltar-me ao céu, para o desconhecido, pois necessito dessa força para me erguer após momentos difíceis, assim como a fênix ressurgindo das cinzas. Graças ao meu Eu, vou encerrando essa fase com um certo êxito, iniciando outra, na busca de minha intuição, que faz parte de minha natureza. Tenho força suficiente para alcançar o final, devo permanecer centrado, libertando-me de todas as influências indesejáveis, mantendo o humor, pois acredito estar preparado para abrir-me à vontade dos céus. Chego agora na metade do caminho (cada dia é também parte da jornada!!!), não está sendo fácil, mas preciso continuar. Preciso de muita cautela e perseverança.
Aqui, o importante é o controle das emoções, devo ser prudente, a ação oportuna e a conduta correta, são minha única proteção. Sinto constantemente, a presença de poderes invisíveis, que alimentam meu espírito, satisfazem minhas necessidades emocionais, preparando-me para a autotransformação. Preciso dedicar-me à introspecção e dar um pouco mais de atenção a mim mesmo. Muito tempo se passou, algumas coisas tornaram-se obsoletas, já não consigo levar a vida cotidiana de maneira rotineira, quero mudanças, uma virada de cento e oitenta graus. Meu trabalho está sendo reconhecido, sinto orgulho de minhas atitudes. Individualidade neste momento não faz mais sentido, tenho muito a passar, devo expressar a minha essência de maneira criativa e clara. Sinto uma força, uma vitalidade extraordinária, e uma deliciosa sensação de dever cumprido.
Finalmente chego à minha plenitude (cada dia também serve como um fim de ciclo - e existem vários na vida, não? - dependendo do forma de perceber a vida) recompensas recebidas e o amor realizado. Coisas mundanas quase não me tem valor, elevo-me ao Divino com uma certa facilidade, estou aqui para nutrir Deus. Tenho sucesso, felicidade, sorte, riqueza e domino minhas vontades. Contudo, não me sinto um deus encarnado (atentem para o 'd' minúsculo), desfruto de minha sorte compartilhando e nutrindo os demais.
Assim, tento crescer, evoluir e ser feliz, pautando minha vida por três pilares: sabedoria (a do Divino, com tento estar conectado full time e assim receber insights); força (a do caráter, do espírito e do aprendizado diário) e beleza (a da alma, que sempre deve nos pautar).
Perseverança e alegria para todos aqueles que reconhecem a busca pela felicidade no caminho e não apenas no destino.
Abraço a todos.
Cris Bornéo - 10 de fevereiro de 2012.
Espero que todos estejam bem. Faz tempo que não colaboro com este blog. Para tanto, sempre que me recrimino por isso, coloco entre mim e a realidade a desculpa da correria do dia-a-dia - também usada para outras tantas coisas da vida. Embora seja verdade (a correria), não deveria ser assim, porque tempo é uma coisa que se administra. Essa mesma correria deveria NUNCA deveria ser utilizada como 'auto-desculpa' para se deixar de fazer coisas que fazem bem à alma.
E, a mim, que vos escrevo, faz muito bem à alma escrever, conversar e manter contato com pessoas que amo - tal qual a Jana e o Márcio (que mora no meu coração, e, ocaisonalmente, quando o coração autoriza, em Santos - SP). Embora os contatos ideais pudessem ser telefone, mails, facebook, msn e afins, todos eles tem suas vicissitudes e, assim, acabam se tornando mais empecilhos do que meios hábeis para a obtenção de um fim. Pelo menos para mim. Ex: telefone - muito usado, mas, que, apesar de propiciar 'contado direto', deve ser usado de forma célere (se vc, como eu, não possui um bolso muito recheado) - o que acaba do impessoalizar' a demonstração de carinho. Facebook, e-mails, msn, etc., demandam tempo para conectar e para escrever - de forma a que, na minha rotina diária (que, eu reconheço, está errada), não são alternativas 'tão' eficazes, dado a necessidade de pesquisar e de redigir com atenção peças, pareceres e outros textos; preparar aulas... Daí, complica tudo e, se vc não for fazer algo bem feito, não faça.
Todavia, carinho é uma coisa que deve ser demonstrada sempre, pois amagia que a ele é inerente espalha-se por onde passa e, de alguma sorte, colabora com a boa energia que deve constantemente ser presente no mundo. Se é para ser demonstrado, vamos fazer de forma bem feita. Carinho a gente pode sentir até de longe, a gente pode vibrar na direção de quem se deseja, essas energias, d eonde quer que estejamos e, ainda, num hábito bastante salutar, podemos orar/rezar por essas pessoas. Mas, o amigo que redige esta slinhas sempre tem aquela pretensão de fazer mais e melhor, de forma a que, além de expressar meu carinho abertamente por todos os que amo... (amigos, amores, pais, família e afins), por ter bastante gente morando fora, já que ando numa fase de não-escrever mail, compartilho aqui um texto, fruto de reflexões de algum tempo atrás, mas que ainda é bastante atual, e que, ao fim e ao cabo, ajuda a manter contato.
Dou minha colaboração, que vai repleta de carinho pela dona desse blog e pelo maridão dela, e espero que apreciem, pois nele expresso parte da forma como penso que pode ser a evolução e suas fases.
Eu, o ponto de partida.
Começo aqui minha existência (cada dia é um novo começo!), preciso relacionar-me melhor comigo mesmo, porque de mim fluem todos os possíveis relacionamentos corretos com os outros e com o Divino. Devo manter-me modesto, não devo ser rigoroso, medíocre ou crítico, mas sempre receptivo aos impulsos Divinos. Agora, preciso me associar com alguém, um grupo, mas não devo me esquecer de sempre ser empático e atencioso, deixando que os céus guiem o caminho de minhas uniões.
Estou vendo as coisas com mais claridade. Já consigo expulsar as trevas que há pouco ofuscavam minha visão de vida. Sou livre para conhecer a alegria sem restrições. Entretanto, ainda preciso voltar-me ao céu, para o desconhecido, pois necessito dessa força para me erguer após momentos difíceis, assim como a fênix ressurgindo das cinzas. Graças ao meu Eu, vou encerrando essa fase com um certo êxito, iniciando outra, na busca de minha intuição, que faz parte de minha natureza. Tenho força suficiente para alcançar o final, devo permanecer centrado, libertando-me de todas as influências indesejáveis, mantendo o humor, pois acredito estar preparado para abrir-me à vontade dos céus. Chego agora na metade do caminho (cada dia é também parte da jornada!!!), não está sendo fácil, mas preciso continuar. Preciso de muita cautela e perseverança.
Aqui, o importante é o controle das emoções, devo ser prudente, a ação oportuna e a conduta correta, são minha única proteção. Sinto constantemente, a presença de poderes invisíveis, que alimentam meu espírito, satisfazem minhas necessidades emocionais, preparando-me para a autotransformação. Preciso dedicar-me à introspecção e dar um pouco mais de atenção a mim mesmo. Muito tempo se passou, algumas coisas tornaram-se obsoletas, já não consigo levar a vida cotidiana de maneira rotineira, quero mudanças, uma virada de cento e oitenta graus. Meu trabalho está sendo reconhecido, sinto orgulho de minhas atitudes. Individualidade neste momento não faz mais sentido, tenho muito a passar, devo expressar a minha essência de maneira criativa e clara. Sinto uma força, uma vitalidade extraordinária, e uma deliciosa sensação de dever cumprido.
Finalmente chego à minha plenitude (cada dia também serve como um fim de ciclo - e existem vários na vida, não? - dependendo do forma de perceber a vida) recompensas recebidas e o amor realizado. Coisas mundanas quase não me tem valor, elevo-me ao Divino com uma certa facilidade, estou aqui para nutrir Deus. Tenho sucesso, felicidade, sorte, riqueza e domino minhas vontades. Contudo, não me sinto um deus encarnado (atentem para o 'd' minúsculo), desfruto de minha sorte compartilhando e nutrindo os demais.
Assim, tento crescer, evoluir e ser feliz, pautando minha vida por três pilares: sabedoria (a do Divino, com tento estar conectado full time e assim receber insights); força (a do caráter, do espírito e do aprendizado diário) e beleza (a da alma, que sempre deve nos pautar).
Perseverança e alegria para todos aqueles que reconhecem a busca pela felicidade no caminho e não apenas no destino.
Abraço a todos.
Cris Bornéo - 10 de fevereiro de 2012.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Poder - honestidade e humildade.
Continuando a série organizando relacionamentos, hoje é o dia do poder.
Assistimos a uma banalização do poder. Cada vez mais pessoas acreditam que possuem o poder.
O poder corrompe.
Entretanto já começaram errado. O entendimento de poder e a forma como ele é usado foram deturpados. Considerando que existe o poder político, econômico, administrativo, aquisitivo, etc, vou restringir os conceitos que pretendo tratar aqui pertinentes aos relacionamentos: poder emocional, poder de barganha e poder espiritual.
Do dicionário Michaelis on line:
poder2 sm (de poder1) 1 Faculdade, possibilidade. 2 Faculdade de impor obediência; autoridade, mando. 3 Império, soberania. 4Posse, jurisdição, domínio, atribuição. 5 Governo de um Estado. 6 Forças militares. 7 Força ou influência. 8 Força física ou moral. 9 Eficácia, efeito, virtude. 10 Meios, recursos. 11 Capacidade de agir ou de produzir um efeito:Poder aquisitivo; poder absorvente; poder adesivo. 12 DirCapacidade de fazer uma coisa. 13 Mandato, procuração. Grande número, grande quantidade; multidão, abundância.
Na infância poderes eram qualidades mágicas dos nossos heróis. Com seus poderes eles faziam coisas incríveis. As meninas super poderosas salvam o mundo diariamente.
A Liga da Justiça representa bem a diversidade das nossas qualidades. Em uma turma sempre há aquele que gosta da cozinha, aquele que toca violão, o que sabe contar piadas, o carinhoso, o intelectual, o nerd, etc. Depois de tanto tempo convivendo com estas características, o ser humano ainda teima em querer ser igual ou em negar o poder do outro. É justamente por que cada um tem seus poderes individuais que a coisa dá tão certo, que as tarefas se tornam extraordinárias, que aquilo que fazemos em conjunto parece espetacular.
Outro exemplo da junção dos talentos são as orquestras. É inacreditável a nossa capacidade de agregar nosso talento e formar algo emocionante. Uma orquestra não possui um instrumento mais importante que o outro. Todos são responsáveis pela composição do som.
Mas os poderes não se resumem à musica, ao intelecto, às qualidades. Como em várias outras situações, a atitude com a qual empregamos estes poderes, a forma como os impomos aos outros é que define se você terá alcance e eficácia. Alguns desenhos animados da minha infância mostravam que quando o poder iria ser usado para o mau, ele não funcionava. Perdia a força.
Na vida real não é necessariamente assim. O poder é usado com más intenções e tem força total.
Nos relacionamentos o poder é simbolizado normalmente pela força - aquele que sempre convence o outro, aquele que decide mais rápido, aquele que impõe sua vontade (à força ou com jeitinho) -, pela prevalência de opinião, pela artimanha.
Em qualquer relacionamento se este poder é utilizado sem equilíbrio e sem critério ele pode levar a tristeza mútua. Sim, porque na verdade não é apenas o subjugado que sofre. Aquele que em tese se sente poderoso também não consegue ser feliz.
Parênteses para explicar que para mim felicidade não significa apenas sentimento de vitória sobre o outro. Mas felicidade pressupõe liberdade. Aquele que se considera poderoso, neste sentido deformado da palavra poder, está refém da atitude subserviente dos outros. Ele depende da reação do outro para se sentir assim. Então ele é eterno escravo do que vem de fora, apesar de aparentemente se sentir feliz.
Como todo remédio se usado em dose errada se torna um veneno, nossas qualidades belas e que tornam o mundo melhor podem ser utilizadas de forma equivocada.
Outra forma de poder que gera problemas nos relacionamentos é o poder de barganha. Quando alguém está em uma posição que lhe confere alguma vantagem e usa disso para conseguir o que quer.
Quando um não quer, dois não fazem. Mas se fizerem, por barganha ou mesmo por chantagem emocional (que é prima irmã da barganha e da carência), não será autêntico, nem verdadeiro. Não será algo que preencherá.
Barganhar/ chantegear via de regra quebra a confiança que havia em relação aquela pessoa. Demonstra que houve uma atitude desleal, desonesta, arrogante. Não há relacionamento que sobreviva a estas rachaduras.
O que mantém um relacionamento, seja ele marital ou de amizade ou mesmo no trabalho, é o encanto que existe em relação ao outro e a complentariedade das virtudes de ambos.
É neste ponto que entram as virtudes necessárias para que o poder seja usado de forma correta: honestidade e humildade.
Ser honesto, muito mais que falar a verdade, é ser capaz de reconhecer o real valor das coisas e das pessoas. É identificar de forma clara o momento e as circunstâncias, reconhecer o papel e a colaboração de cada um. Quando você é honesto percebe exatamente até onde você pode falar sem ferir ou obrigar alguém a fazer o que você quer. Alguém honesto, sabe de onde vieram seus poderes e qual o fim a que eles se destinam, e por isso não consegue ultrapassar a barreira do respeito e consideração.
Humilde é aquele que está tão genuinamente ciente do seu valor que não precisa de reconhecimento, alarde ou honrarias. Também é aquele que não precisa estar no centro das atenções e que consegue colocar outros a frente e torná-los inclusive melhores que ele próprio. No ambiente de trabalho ele normalmente não é o chefe, mas o líder. Alguns chefes também são líderes.
Alguns irão rir e dizer, ok, Madre Tereza se foi.... Para nós reles mortais isso é possível??
Realmente concordo que as pessoas estão preguiçosas em relação a auto-progresso.
Mas você certamente conhece alguém que se esforça sinceramente para ser assim. Existem milhares de pessoas dedicadas a ser tornar melhor. O que elas têm de especial? O que elas fazem diferente?
Empowering - empoderamento - poder espiritual.
De onde vem o poder para colocar em prática, a força de vontade?
Espiritualidade significa intensificar suas virtudes, cultivar seus valores, agir de forma coordenada e coerente com seus valores.
Religião significa reunião de pessoas com uma fé comum e que compartilham valores e práticas semelhantes. Em verdade as religiões são ferramentas para o desenvolvimento da espiritualidade.
Ambos trazem poder. Ambos fazem com que nos reconectemos com aquele nosso âmago positivo e que nos move na direção do preenchimento e da felicidade real.
O cultivo da espiritualidade nos traz de volta a noção de poder. Aquele poder/ força de que sentíamos saudades e que buscavamos de forma cega em reconhecimento, subjugação, barganha e chantagem.
Cultivar a espiritualidade significa buscar em você as atitudes que você quer cultivar, incentivar as companhias positivas (companhia de pensamentos, de palavras, ações, pessoas, locais).
Ai, ai, como é bom poder encerrar um post com esta sensação prazeirosa de que estamos indo na direção certa, cada um no seu ritmo, da sua maneira. Em direção a um horizonte mais colorido de atitudes poderosas e verdadeiras.
Vocês sentem esta paz de espírito? Um calorzinho gostoso no coração, uma esperança de que pode dar certo?
E assim, mais uma vez o dia foi salvo, graças a vocês - meninas e meninos super poderosos!!!!
terça-feira, 7 de junho de 2011
Individualismo - cooperação e comprometimento
O individualismo é hoje uma postura disseminada, ainda que muitos o usem por reação, por medo ou por completa falta de noção das coisas. Digo isso sem ironia, pois existem pessoas que realmente não aprenderam e nem percebem a necessidade de reconhecer e valorizar a participação dos outros.
Existem alguns tipos de individualismos escrachados que irei pular, pois são nossos conhecidos: usar pessoas, pisar, desrespeitar de forma clara e inequívoca e por maldade pura.
Gostaria de ressaltar algumas formas menos explicitas de individualismo que as vezes não percebemos porque precisamos preservar nosso espaço também.
Individual significa sozinho, único e solitário. Também uma porção pequena. Talvez aí esteja o cerne: a pequenez. Pequenez esta que faz com que não consigamos repartir, ser gentis, generosos e cooperativos. Alguns agem assim por costume, porque viveram sozinhos ou foram deixados sozinhos. Mas nem sempre filhos únicos são individualistas. Katiane, minha doce madrinha de casamento, é um exemplo claro que como uma filha única pode se tornar alguém generoso e gentil.
Nas horas vagas, normalmente, o individualista não tem companhia. Em tudo na vida, se não há um interesse genuíno dos dois lados ou uma recíproca, não prospera. A não ser que dois individualistas se encontrem. Talvez nenhum deles se sinta desconfortável com isso. Mas acredito que para a maioria dos seres normais esta postura “tô nem aí” incomoda.
O individualismo incomoda porque todos queremos reconhecimento, valorização, até como sinal de apreço, de afeto. Acredito numa nação de maiores de idade carentes. Você nota isso quando elogia alguém. A reação de alguns é o desmoronar. Uma sensação de que finalmente alguém vai cuidar de mim. Estamos sozinhos, mas não solitários.
É verdade que algum individualismo é positivo. Mas esta faceta talvez tenha outro nome: auto-respeito. E como respeito faz parte da palavra, não há como dizer então que será algo que ferirá alguém mais.
Existem duas virtudes que acredito que possam curar estas posturas pouco gentis e generosas com os outros: cooperação e comprometimento.
Co-operação é quando você age em conjunto. De dois, de três, de vinte pessoas. Agir junto significa economizar tempo de ambos, ser responsável pela sua parte da tarefa e das consequencias, ser gentil, generoso, afetuoso, respeitoso, doce... As virtudes sempre vem de mãos dadas.
A atitude interna de cooperação desenvolve em você o faro para perceber quem precisa de ajuda e o que você pode fazer. Ela também o torna mais responsável para com as pessoas com quem você divide espaços e tarefas. Faz você perceber a quantas anda a sua disposição e disponibilidade. Enfim, se você não sabe qual virtude você mais precisa desenvolver, pode começar pela cooperação que com certeza você chegará lá.
Dadi Janki, da Brahma Kumaris, disse em uma aula certa vez que aquele que é cooperativo nunca sentirá falta de alguém para lhe alcançar uma xícara de chá quando estiver doente. E este é o movimento. Quando você ajuda, sempre haverá alguém para ajudá-lo. Ainda que hoje você não precise de ajuda, doe o que você tem e nunca lhe faltará nada. As vezes só ficar em silêncio ao lado de alguém já é a melhor ajuda. Em outras vezes, algo que para você é simples assim, para o outro é uma montanha.
Cooperar fortalece a nossa auto-imagem, nos faz sentir parte, importantes, fortes, úteis.
O compromisso é a outra virtude que considero necessária e urgente nesse mundo de individualistas. Uma das características clássicas dos individualistas é ser responsável apenas pela parte fácil e interessante da tarefa. E quando algo dá errado, sobra culpa para todos.
A imagem não é muito vegetariana, mas ilustra bem o que quero dizer aqui. Na área empresarial se usa muito este exemplo. No café da manhã americano, a galinha está envolvida, entretanto o porco está comprometido.
A cooperação pode fazer com que a gente acabe se envolvendo com várias situações. Mas existem algumas relações em que é esperado de nós compromisso. O pobre porco morre para ceder o bacon, ele dá a vida. Já a galinha faz um leve esforço para colocar um ovo.
Apesar de o compromisso ser obrigatório em alguns relacionamentos, ele é desejável sempre. Comprometer-se significa dar tudo de si, entregar-se, responsabilizar-se, assumir junto.
Compromisso é algo sério. Algo comprometedor é algo em que você está envolvido até o pescoço, que põe você em risco. Veja-se o casamento. Uma coisa é cada um na sua casa, sair juntos, sorrir, divertir, etc. Outra coisa é assumir contas juntos, cuidar de uma casa juntos, colocar uma criança no mundo juntos, estar disponível para outro em todo o seu tempo livre.
O compromisso não necessariamente é massante, mas ele requer esforço, dedicação, cooperação, cumplicidade, lealdade. Numa amizade também é assim. No trabalho, voluntário ou não, idem. Com a família, idem.
Enfim, continuo acreditando que tudo tem cura e que as pessoas querem ser boas, só não sabem como.
Também adoto a prática de desenvolver a virtude correspondente ao invés de ficar brigando com o defeito. Então, esqueça o individualismo e os individualistas. Pratique cooperação e comprometimento e observe....
Vamos treinar a cooperação?
Que tal avaliar seu comprometimento?
sábado, 19 de março de 2011
Cobrança e julgamento x respeito e tolerância
Respeito
Cobrança e Julgamento estão juntos porque os considero igualmente irritantes. São meus calcanhares de Aquiles. Em verdade o que realmente me incomoda é a falta de respeito por trás destas coisas.
Cobrar é a profissão de alguns. Mas normalmente a cobrança ocorre quando a outra pessoa está em débito. Estar em débito significa que você prometeu algo ou alguma coisa e que não entregou a tempo, conforme combinado. E também que provavelmente você já está usufruindo de algo que o outro lhe deu em troca daquilo que você ainda não entregou.
Visualizo duas pessoas que acredito que sejam as únicas de quem eu aceitaria uma cobrança: o chefe e a mãe. O primeiro porque te contratou e te paga para fazer algo específico e então você tem obrigação de corresponder. A segunda porque definitivamente ela pode cobrar o que quiser pois você acabou com a vida social dela, gastou o salário dela por pelo menos uns 18 anos (quando não mais), teve casa, comida e roupa lavada até quando quis, etc. Enfim, estes dois eu reconheço, baixo a cabeça e correspondo.
Agora, em outros relacionamentos não acredito que esteja obrigada a corresponder. Como já falei no post sobre carência, concordo que nos relacionamos por interesse. Isto também quer dizer que temos uma contrapartida a dar em todos os relacionamentos. Pois se estamos interessados em algo, devemos pagar o preço.
Acontece que, na maior parte das vezes, as pessoas não são claras sobre o que esperam de nós. Dificilmente ao conhecer alguém você começa dizendo: “ok, posso ser seu amigo, mas as minhas limitações são estas, espero de você isso, mais isso e aquilo.” Não há o contrato verbal necessário. Nem em um namoro. E algumas poucas vezes há em um casamento.
Você não comunica o que quer e nem o que espera do outro. Mas passado o tempo e ocorridas as situações você se sente no direito de cobrar explicações, atitudes e gestos do outro. Como assim???
Experimente chegar ao seu novo chefe no final do mês e pedir algo que não fez parte da negociação da vaga. Ele vai rir da sua cara. Ou então mandar você catar coquinhos. Pessoa sem noção de como funcionam as coisas.
Mas na informalidades das relações interpessoais acreditamos piamente que podemos fazer isso. Pode? Poder pode, mas é extremamente desagradável.
Os pensamentos que tenho quando alguém me cobra mais atenção, por exemplo: se a pessoa não me procura, porque eu tenho que procurar ela? Porque eu sou obrigada a ficar elogiando, bajulando e ligando para alguém que não liga e quando liga fica cobrando coisas que não estavam combinadas?
Sinto que houve uma invasão do meu espaço. Estão tolhindo meu direito à escolha. Existem dias em que não tenho vontade de ver ninguém. Em outros quero determinado tipo de companhia. E às vezes tanto faz a companhia porque estou neutra.
É egoísta isso? Pense bem sobre isso. Eu cheguei à conclusão de que posso escolher o que quero. Uma vez uma pessoa me disse (e talvez vocês estejam pensando assim também): “mas você fala de relacionamento de uma forma tão fria e racional. Até parece que está lidando com dinheiro.” A resposta que dei a essa pessoa foi: você tem noção de quanto uma mulher gasta para um primeiro encontro?
No primeiro encontro com meu atual marido gastei com faxina da casa (R$ 60,00), depilação (R$ 120,00), roupa nova (R$ 70,00), manicure e pedicure (R$25,00), desconto de duas horas de trabalho do salário no dia do encontro (R$ 10,00) porque precisava me arrumar..... enfim, o que ele pagou pelo jantar vezes dois ou três. Fora isso, realmente tempo é dinheiro. Como nunca tive poupança, minha maior riqueza é o meu tempo. E finalmente, ainda que nem todos sejam iguais, mulheres gastam muito tempo e pensamentos (e palavras) antes, durante e depois de um encontro. Enfim, eu devo realmente dedicar muito tempo à pessoas que vão provocar esta catástrofe na minha vida e que depois não terão como retribuir? Relacionamentos são investimentos, e talvez os mais caros.
Acredito que sejamos seres livres, então quero crer que posso escolher.
Julgar - v.t. Decidir um litígio na qualidade de juiz ou árbitro. Pensar, supor: julgou necessário protestar. Avaliar, emitir opinião, formular um juízo: julgar uma pessoa pela aparência. Reputar, considerar: julgo-o bastante competente. V.pr. Ter-se por, considerar-se.
Na verdade o que incomoda e destrói os relacionamentos é a precipitação. Estou convencida de que conhecemos muito pouco sobre os outros. E dificilmente conseguimos entender o que eles pensam e o que tinham em mente. Simplesmente é assim porque temos histórias, experiências, culturas, hábitos e pensamentos totalmente diferentes. Não tem como entender como o outro pensa, porque o pensamento dele no seu hardware não abre, não visualiza, não roda. Você não tem os requisitos para acessar esta informação da forma correta. Entendeu?
Alguns julgam por profissão, mas julgam situações e com base apenas naquilo que há no processo. Somente o que está no processo vale, nada pode ser suposto ou pensado. Não acredito que possamos ser bons julgadores nos nossos relacionamentos. A tentativa que fazemos ao tentar imputar pensamentos e atitudes é na verdade supor. E eu não tenho liberdade de supor, pensar? Claro que tem, mas esteja ciente de que isto não é a verdade do outro. E não queira que o outro aceite suas cobranças com base no julgamento que você fez dele.
Mas é interessante ver como fazemos como as crianças e tentamos e testamos as pessoas até que elas nos dêem um limite.
Não consigo visualizar uma forma correta de julgar os outros. Na verdade acredito que respeitar começa com deixar o outro ser quem ele é. Permitir que o outro sempre se mostre antes de eu pensar qualquer coisa. E se eu me perdi e acabei pensando algo, sempre pergunto: o que você quis dizer? Você sente que é assim? Afinal o outro tem direito de defesa e de expor o que pensou ou quis dizer antes que você o condene.
Respeito é algo delicado e sensível. Talvez seja o valor maior que qualquer pessoa tenha. Da perspectiva do eu significa identificar seus anseios, suas deficiências e os locais onde você não quer que ninguém toque. O espaço que você quer proteger. Que você escolheu para manter só seu. Da perspectiva dos outros, respeito é dar espaço e confiar. Permitir que o outro seja, deixar que ele se mostre, se apresente e nos surpreenda. E também confiar que apesar de ele não querer que você entre naquele espaço, ele gosta de você, ele respeita a sua opinião, ele quer você por perto. Mas não tão perto.
Reconheço que em um mundo completamente sem limites, onde tudo é acessado por todos e onde as crianças não ouvem “não” e os adultos são predadores, é complicado falar em respeito. Mas e até quando aguentaremos se não dermos atenção ao que realmente importa?
Respeito - s.m. Ato ou ação de respeitar. Sentimento que leva a tratar alguém ou alguma coisa com grande atenção, profunda deferência; consideração, reverência: respeito filial. Obediência, acatamento, submissão: respeito às leis.
Se a cobrança e o julgamento (que deriva da carência) querem uma atenção não concedida, tratar alguém com respeito talvez seja a solução. Dando a devida atenção e reverenciando o espaço do outro talvez você receba a atenção que quer.
Existe um outra palavra que relaciono ao respeito: cuidado, do verbo cuidar. Cada relacionamento é como uma planta, requer cuidados. Se você der água demais, sol demais, pouca água, pouco sol, ela não resistirá. Você tem que dar um pouco e observar o que a planta retribui. Com as pessoas também é necessário dar um pouco e observar. Tudo tem seu tempo. As vezes é tempo de semear, outras de cuidar e por fim de colher. Mas temos que ser pacientes. Cada um dá o que tem e conforme pode. E nem sempre isto coincide com as nossas necessidades. Por isso é bom termos sempre mais de um amigo. :-)
Apesar de ter encontrado somente definições do tipo aguentar e suportar/ sofrer para o verbo tolerar, gostaria de deixar aqui uma visão boa de tolerância. Para mim tolerar é sinônimo de entender. Ou talvez voluntariamente silenciar por amor e cuidado.
Cada um está em um estágio de evolução. Cada um consegue fazer determinado numero de coisas. Cada um tem resistência a algumas coisas e a outras não. Com certeza, cada um faz o seu melhor, ou o que dá conta naquela situação. Nesse sentido, se você é o alvo das cobranças e julgamentos e se a pessoa responsável por isto é alguém importante para você, então entenda que faz parte do cuidado com aquela pessoa silenciar. Mas este silenciar não é sinônimo de engolir. Se a sensação é de que você está engolindo sapos então é porque realmente aquilo ultrapassou o seu limite. Você se sentiu desrespeitado e portanto deve esclarecer ao outro que o limite a que ele pode chegar é um pouco antes do que aconteceu. Novamente tem que haver diálogo e comunicação das necessidades, limites e expectativas. Se você quer que alguém preencha suas expectativas assegure-se de que a outra pessoa foi informada sobre isso. Senão a frustração é garantida.
Resumindo para finalizar:
- Se você cobra, e não é mãe ou chefe, esteja certo de que o outro está incomodado.
- Se você julga, você realmente perdeu a noção das coisas.
- Respeito é dar espaço e permitir que o outro seja o que ele realmente é.
- Tolerância é entender e querer cuidar.
Adoro a seguinte frase: “julgue a si mesmo e advogue em favor dos outros” BapDada
Ter uma plantinha é maravilhoso para aprender a cuidar. E também ajuda a manter a atmosfera mais limpa e casa mais colorida!!! Plante, em todos os sentidos!
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